Categoria: Notícias
Data: 01/07/2024
Despenseiros fieis

Edson Fernandes

A Igreja Presbiteriana do Brasil estabeleceu em seu calendário oficial o mês de julho como o “Mês dos Pastores Jubilados e Viúvas de Pastores”. Essa iniciativa visa honrar a vida e o trabalho desses irmãos e irmãs que dedicaram por anos os seus talentos e esforços ao Senhor e a sua Igreja. Os resultados podem ser demonstrados. O que certificamos pelos relatórios estatísticos e pelos balancetes é o relevante crescimento da Igreja Presbiteriana do Brasil em todas as aéreas ministeriais nestes anos de atuação em solo pátrio e também em outros países. 

A Secretaria Nacional de Apoio Pastoral, na esteira dessa decisão, em parceria com o jornal Brasil Presbiteriano, vem parabenizar todos os Pastores Jubilados e Viúvas de Pastores. Oramos ao Pai Celeste que os abençoe e incentivamos igrejas, presbitérios e toda a IPB a, igualmente, comemorar essa data com os seus pastores jubilados e viúvas de pastores de modo caloroso e abençoador. Essa atitude contemplará três questões: o exercício do princípio bíblico de honrar e respeitar as pessoas idosas (Rm 13.7, Lv 19.32, Pv 16.31). Grande será a alegria que essa comemoração produzirá nos pastores jubilados e viúvas de pastores. E será dado testemunho e exemplo a todos os membros de nossas igrejas – crianças, jovens e adultos – acerca da importância de honrar e reconhecer o trabalho desses irmãos. 

Certa vez, um irmão perguntou ao saudoso Rev. Antônio Elias se ele estava impressionado com o alcance e as conquistas ministeriais de um certo pastor. Somente aqueles que conviveram com o Rev. Antônio Elias, mesmo por pouco tempo como eu, saberiam que a sua resposta seria uma daquelas pérolas com potencial de impactar corações e lançar luz sobre o assunto. A sua resposta foi: O que de fato me impressiona é ver um pastor encerrar o seu ministério apaixonado por Jesus, fiel a Deus e a Igreja de Cristo. Eis aqui o âmago da questão. É bíblico e digno reconhecer a vida e o ministério daqueles que alcançaram o ideal exposto em 1Coríntios 4.1-2: “Que os homens nos considerem, pois, como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer nos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel”. A vitória alcançada por esses irmãos e irmãs não foi fácil, como também, não será para nós. Eles lutaram bravamente com suas deficiências e pecados, muitas vezes em ambientes hostis e difíceis. Enfrentaram dores, provas e necessidades no ministério sem, contudo, envergonhar o Senhor que os vocacionou. Assim, não tenho dúvidas que é legítimo aplicar a eles a expressão “Homens dos quais o mundo não era digno” (Hb 11.38). 

Portanto, reitero o reconhecimento e gratidão aos pastores jubilados e viúvas de pastores da IPB. Igualmente, incentivo todos a perseverarem no exercício da vocação “porque os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29). Agora, em uma intensidade menor e devido à maior liberdade que usufruem, que escolham atividades que lhes proporcionem maior prazer e realização. Entretanto, sem se contaminarem com pensamentos negativos que erroneamente afirmam que a jubilação prejudicou ou inferiorizou sua vida e ministério. Isso também se aplica as viúvas de pastores.  É monumental o valor e importância do ministério dos pastores jubilados e viúvas de pastores. Apresento apenas um exemplo entre muitos. O qual é fruto de minha constatação no ministério de pastoreio de pastores em que atuo há 25 anos. A vida dos pastores jubilados e viúvas de pastores é um eloquente e encorajador testemunho aos jovens pastores e suas esposas, porque, atesta palpavelmente que é possível neste mundo de provações e complexidades “completar a carreira e guardar a fé”. Assim, Deus abençoe ricamente os pastores jubilados e viúvas de pastores e seja glorificado por meio deles.

O Rev. Edson Fernandes é o Secretário Nacional de Apoio Pastoral da IPB.

Autor: Brasil Presbiteriano   |   Visualizações: 132 pessoas
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